Palworld: porque é que o evento do jogo está no centro da controvérsia?
O sucesso inegável do jogo da Pocket Pair foi rapidamente manchado por uma série de controvérsias, incluindo as semelhanças com a franquia Pokémon.
O jogo foi um enorme sucesso no fim de semana passado, atingindo o mercado dos videojogos como uma bomba atómica. Palworld vendeu 8 milhões de cópias em menos de uma semana e atingiu o topo da tabela de vendas da Steam, à frente de Cyberpunk 2077, Elder Ring e Hogwarts Legacy. A Pocket Pair segue as pisadas de títulos que causaram furor quando foram lançados, como Minecraft e Fall Guys. Mas o que o separa de Palworld é a rapidez com que a controvérsia se instalou à sua volta.
Pokémon e PETA na linha da frente
Mesmo antes do seu lançamento, os jogadores e os escritores de jogos de todo o mundo já se divertiam a apelidar o jogo da Pocket Pair de "Pokémon com armas". O diretor-geral surpreendeu muitos ao distanciar-se desta comparação. De facto, muitos pensaram que o design das personagens dos monstros de Palworld parodiava abertamente os da franquia de culto, até mesmo a mascote, que os fãs compararam a um duplo maléfico de Pikachu. Por fim, a utilização de "Pal Spheres" para apanhar os monstros fazia lembrar algumas das bolas vermelhas e brancas do jogo da Nintendo.
A Pokemon Company, que detém os direitos da franquia de culto, não aceitou bem estas comparações e publicou um comunicado no seu website informando que iria "investigar e tomar as medidas adequadas para remediar quaisquer actos de violação dos direitos de propriedade intelectual relacionados com Pokémon".
No entanto, esta não é a única controvérsia a afetar o sucesso do jogo de sobrevivência, uma vez que a PETA (a conhecida ONG de defesa dos direitos dos animais) manifestou a sua preocupação com a crueldade a que estes animais fictícios são sujeitos. A vice-presidente de programas, Elisa Allen, afirmou ter "ouvido dizer que muitos fãs de Palworld não estão interessados em comer os seus 'amigos' e querem que seja criado um guia vegan para o jogo. Afinal de contas, estamos no Veganuary". Não é uma resposta sem humor, mas reflete as questões éticas levantadas por muitos utilizadores.